quarta-feira, 13 de agosto de 2014

A NÁUSEA E A POLÍTICA PODRE - James PIZARRO

Lamento, do fundo do meu coração, a morte prematura e trágica do jovem político Eduardo Campos. Fico condoído da viúva e seus cinco filhos, que terão de passar por um longo período de luto e se acostumar à ausência do líder familiar. E me comove ver a idosa mãe de Eduardo tendo de suportar a violenta perda do filho amado em plena disputa pela presidência da república. Toda a tragédia familiar me comove às lágrimas.

Mas o que não me comoveu e me deu náuseas foi ver políticos adversários e, principalmente, a "cumpanheirada" do seu ex-partido dando entrevistas duas ou três horas depois da morte de Eduardo. E fazendo caudalosos elogios quando, nos últimos meses, diziam horrores dele.

Menos de 24 horas antes do acidente (noite de 12/8, no Jornal Nacional da Rede), Eduardo Campos foi massacrado por Bonner e Patricia Poeta na entrevista ao presidenciável. Liguem a Globo agora e vejam o que dizem : tecem os mais entusiasmados elogios póstumos. A desfaçatez é tão grande que um dos comentaristas disse (ipsis verbis) : "Lá se foi a esperança de renovação da política brasileira".

Desliguei a TV. E saí da sala.

Para não vomitar no sofá.

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