terça-feira, 24 de agosto de 2010

BRAULIO ARAUJO SOUZA, MEU SOGRO

Bráulio Araújo Souza, filho de Manoel e Emília Souza, nascido uruguaio e registrado no Brasil, foi meu sogro. Casou-se com Edith Grau Souza em 11 de novembro 1942, casamento que durou 62 anos. Trabalhou a vida inteira da Livraria do Globo, onde aposentou-se como responsável pela seção de livros. Sempre de terno e gravata, atendia os profissionais liberais da cidade e os estudantes universitários. Gostava muito de ler, principalmente livros pertinentes à história do Rio Grande do Sul e também biografias. Depois de aposentado na livraria, trabalhou ainda na Ótica e Relojoaria Troian. Trabalhou depois por muitos anos na firma Ângelo Uglione, representante dos automóveis Chevrolet para a zona da grande Santa Maria. Trabalhou também como autônomo, viajando para São Paulo para comprar e vender carros.
Gostava muito de carros, pescarias, caçadas, bailes.
Participou ativamente da Escola de Teatro Leopoldo Froes, cujo diretor/fundador foi o teatrólogo Edmundo Cardoso (Seu Bráulio exerceu as funções de tesoureiro da escola durante quase meio século).
Passava horas conversando sobre carros, tendo sido proprietário orgulhoso de um Chevrolet Opala 1974, com todas as peças originais. Este Opala ainda hoje existe, pois foi doado ao seu neto Marcelo Zavaglia Souza, que morava na cidade de Rio do Sul, SC. Marcelo, que pertenceu ao clube de carros antigos de SC, continuou a tradição do avô. Faleceu precocemente, para tristeza de todos nós.
Seu Bráulio era exímio treinador de cachorros perdigueiros para caçada. Sua cadela "Bala" ficou famosa entre os caçadores de Santa Maria nas décadas de 60/70. Ele também frequentava a sede campestre da SOCEPE - Sociedade Concórdia de Caça e Pesca, onde participava dos tradicionais torneios de tiro ao prato nas pedanas da entidade. Participava também dos então existente torneios de tiro ao pombo, que foram proibidos no município por lei municipal de minha autoria, quando fui vereador pelo PDT em Santa Maria, na legislatura 1988/1992. Tal iniciativa minha provocou aplauso nas entidades protetoras de animais e repulsa por parte dos adeptos do tiro ao pombo. Seu Bráulio nunca tocou neste assunto comigo. Como sempre aconteceu em toda minha vida, nunca tive unanimidade em nada.
Morreu aos 91 anos, em 5 de agosto de 2005, vitimado por falência múltipla dos órgãos.

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AUTOR : James Pizarro

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