segunda-feira, 20 de abril de 2009

CRACK...uma droga devastadora !!!


A violência e as tragédias familiares que costumam ser associadas ao consumo de drogas consideradas pesadas não se limitam às camadas mais humildes da população nem se circunscrevem às áreas periféricas e carentes. À medida que o tráfico passou a ser feito com desenvoltura cada vez maior e sem encontrar represália à altura, nem mesmo os mais tranquilos e mais abonados bairros residenciais submeteram-se à praga que traz consigo a degradação, a doença, a violência sem peias, a destruição da vida familiar, o desespero, a desesperança, a morte prematura. E entre todas as drogas de largo curso o imundo crack é a mais letal e que efeitos mais devastadores provoca nos seus consumidores. No ano passado, o jornal Zero Hora, de Porto Alegre, órgão líder dos jornais da Rede Brasil Sul (RBS), em uma série de reportagens intitulada A Epidemia do Crack comprovou que nos últimos três ou quatro anos, a pedra perdeu o estigma de droga miserável e favelada e começou a frequentar grupos e ambientes social e economicamente privilegiados, usando como trampolim as escolas frequentadas por essa elite.

Droga de poder devastador, que vicia e transforma seus consumidores em dependentes depois de algumas poucas doses, exigindo uso quase contínuo. Seus dependentes, que sentem necessidade de fumar 20 e até 30 vezes por dia, fazem qualquer coisa para adquiri-la. E normalmente os jovens viciados começam roubando a própria família, e depois partem para delitos cada vez mais graves e violentos. Em alguns cenários urbanos do país, calcula-se que a droga esteja por trás de cerca de 70% de todos os homicídios. Seu consumo também está se transformando em um caso de saúde pública: levantamento realizado pelo Centro de Pesquisas em Álcool e Drogas da Universidade federal do Rio Grande do Sul verificou que o crack já responde por quase 40% dos atendimentos psiquiátricos nas maiores cidades do país. Em Santa Catarina, são abundantes os registros de pais e mães que, na ânsia de protegerem os filhos adolescentes viciados e preservá-los da violência das ruas, os mantêm acorrentados em casa, pois praticamente inexistem instituições públicas capazes de atendê-los.

No Domingo da Páscoa, em Porto Alegre (RS), uma mãe, moradora de um bairro de alto poder aquisitivo, viu-se compelida a atirar – e matar – no filho viciado que a agredia com inaudita violência porque se recusava a dar-lhe dinheiro para sustentar o vício. O assustador episódio mostra, em definitivo, a desesperada urgência da formulação e prática de políticas públicas eficientes – não apenas preventivas e curativas como repressivas e à altura – para enfrentar o tráfico, matar a produção da droga no nascedouro, e proteger a população do seu avanço e da violência que viceja no seu rastro. Em nome da paz, da vida, da juventude e da família brasileira. Não dá mais para esperar.
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FONTE : DC - edição de 20 de abril de 2009

2 comentários:

Wilma disse...

Este caso da mãe gaúcha foi mesmo uma tragédia, e muitas acontecem aqui e acolá por conta das drogas. Porém o que não entendo é porque tanta gente, mesmo sabendo do estrago que as drogas fazem, mesmo com tanta informação, ainda procuram ou são seduzidas por ela. Penso eu que já que parece impossível acabar com o nascedouro, se é que é mesmo o que querem as autoridades, o jeito é atacar o usuário, dependente ou não, com educação, esporte, lazer, esperanças, projetos de vida, ocupação...não sei se me fiz entender; porque penso que só procura drogas quem está sem rumo, e é áquela história, qualquer caminho serve. É uma lástima.

Ana disse...

São jovens suicidas??

Tão triste, tão desolador...